Já tive mil homens que me amaram
E que de manhã logo me deixaram
Mas eu confesso amor, que jamais senti
Em outros braços o calor
Dos teus abraços, meu amor
A Leonina é uma mulher que ainda sonha.
Já andou por algumas camas. Já andaram pela cama dela. Já andou pelas camas alheias. Já deitou em outros cantos, também.
Mas a satisfação fugaz dos desejos não era suficiente: a Leonina é uma mulher que busca, precisa estar sempre buscando. Nessa busca ela se deparou com camas, sexos, olhares, acasos, com outros desejos, e com as decepções: dos homens que de manhã logo a deixavam.
Até que ela encontrou um desencontro! Nesse desencontro havia um abraço jamais experimentado, uma sintonia jamais vivida, o sexo mais gostoso.
Desde então ela deseja apenas esse Desejo. Mas era um desencontro e como desencontro: desencontrado. Por isso ela continua buscando e esses textos estarão relatando essa busca, essa tentativa, esse percurso.
A histórias estranhas, engraçadas, bizarras. Os idiotas pelo caminho, as propostas indecentes, os absurdos ditos e ouvidos, as cantadas, as saias justas, a falta delas, as brochadas, o tesão descontrolado, a vontade de fazer nada, o ímpeto de fazer tudo!
A Leonina é uma mulher que ainda sonha.
1 Outras Volúpias:
A Leonina é mais que uma mulher decidida. É uma contradição de bens e desejos.
É o sol em um dia de chuva. Uma nuvem baixa perdida entre tantas outras altas. O laranja do céu em meio ao azul escuro da noite.
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